Os melhores cursos de redação em vídeo

– chegamos ao post 681! –

Durante a pandemia, muitos alunos puderam manter o estudo em dia com meus cursos de redação em vídeo!

Foi uma ajuda e tanto!

São cursos completíssimos e super econômicos porque você pode fazê-los em casa mesmo.

Aqui estão os dois:

Calma, calma! Vamos por partes!

Aqui está um trecho de redação que recebi ontem, de aluno concurseiro Bruno, do meu curso virtual. Leia em voz ALTA este parágrafo destacado e veja se descobre algo errado com ele (ignore as marcações com números):

Como pontuar corretamente

Se você leu em voz ALTA mesmo, então certamente não conseguiu ler o parágrafo do jeito que ele foi pontuado. Não existe nele um mísero ponto final: uma coisa vem atrás da outra, num sem-fim…

É um sem-fim de relações de causa-efeito que deixam o leitor meio tonto… 🥴

Foi um parágrafo com relações encadeadas sem parar. Realmente um período desse tamanho (8 linhas) em que uma coisa leva a outra sem fim é muito difícil de ser captado rapidamente. Então nós temos aqui um período longo realmente, mas ele não é em si o pior problema, porque o tamanho não é bem um problema, como já vimos – o problema é a clareza.

A melhor coisa a fazer é ler em voz ALTA como eu sempre digo. Se você leu murmurando, não percebeu nada de errado. Mas, se leu em voz ALTA obedecendo a pontuação do meu aluno, não foi fácil não… 😟

Deixa eu te mostrar o que é essa história de ler em voz ALTA. Ouça este áudio para ver como eu leio em voz ALTA do jeito que o meu aluno pontuou. 

Você viu que pontuação tem a ver com entonação, e a entonação tem a ver com o sentido, correto? Você não vai conseguir transferir o sentido do que está escrevendo do jeito que você gostaria se pontuar errado. Infelizmente hoje é raríssimo um aluno ler em voz ALTA na escola, seja em qual escola for, então vê-se alunos entrando e saindo de universidades sem saber pontuar. 😡

Ao reler seu texto na etapa da edição (depois do rascunho), faça o favor de ler em voz ALTA, porque só assim seu cérebro vai te ajudar a captar o que está errado; não tem outro jeito de pontuar corretamente, e no dia da prova você já precisará ter isso automatizado – não vai dar pra ler na hora H. Se sua voz entonou para cima, use vírgula; se entonou “para baixo”, use ponto pelo menos!

(Te dei uma palinha do apoio que meus alunos recebem para melhorar a pontuação 😉 )

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Veja onde estão meus ex-alunos vestibulandos!

E veja onde estão meus ex-alunos concurseiros!

 

“Você corrige redação tipo Unesp?”

– post 679! o que parecia impossível…-

Quando um aluno me pergunta se eu corrijo redações tipo Unesp, ou tipo Fuvest, ou tipo Uerj etc etc eu fico meio angustiada, porque vejo que esse aluno está imaginando que há uma meia dúzia de tipos de redação dissertativa para vestibulares! 😳

Primeiro que não corrijo redações, eu as avalio, como você já sabe…

Segundo que redação dissertativa argumentativa é UMA SÓ. As organizações de provas não “querem” uma redação assim ou assado, elas apenas escrevem lá no edital “redação dissertativa argumentativa”. Por que será que se imagina que cada organização tem um tipo?! 🙄

As redações TODAS são corrigidas por bancas de vestibular e concurso usando os mesmos critérios.

Você  pode até não acreditar, tudo bem… mas é assim simples.

Os nomes dos critérios podem mudar de uma para outra e os pesos dos critérios podem mudar de uma pra outra, mas a correção analisa exatamente os mesmos aspectos.

Uma dissertação argumentativa é analisada assim:

  1. abordagem = o aluno fugiu do tema? “sacou” aspectos realmente importantes do assunto? usou o material fornecido ou fez de conta que ele não existia? a abordagem que o aluno escolheu indica maturidade ou tendência a agradar o corretor usando senso comum? Então este critério analisa as ideias do aluno e a habilidade do aluno em captar do que se está falando. 
  2. estrutura dissertativa  = o aluno foi claro? se explicou suficientemente? deixou dúvidas no ar que o leitor não vai poder resolver? deu para notar que ele releu o texto e escolheu uma sequência ideal? a divisão de parágrafos é a melhor? usou argumentos realmente bem pensados ou copiou o que dizem, ou a frase de alguém, sem pensar? existe tese? a coesão está tranquila, sem medos de repetir palavras e sem afirmações que “caem de paraquedas”?   Este critério analisa a habilidade que o aluno tem de pôr no papel os pensamentos, quer dizer, transformar os pensamentos em algo concreto para se entender de imediato; também demonstra o tempo de treinamento que o aluno tem.
  3. vocabulário e linguagem = o aluno demonstra ter um vocabulário preciso, com palavras usadas na hora certa? a linguagem é adequada ao corretor-professor, ou é intrincada tentando mostrar erudição? a linguagem contém traços de coloquialismo inadequados para que um professor leia? o texto é gostoso de ler, como um artigo de jornal? Fácil entender este critério!
  4. gramática = tudo certo com o uso do português? acentos, pontuação, regência, crase, concordâncias (que são erros horríveis! 😫 ), ortografia, etc etc… Este critério também é fácil de entender…

As organizações responsáveis pelas correções decidem o nome que querem dar a cada critério, então pode ser que os nomes acima mudem. Elas também podem incluir aspectos de um critério em outro, por exemplo: coesão normalmente fica dentro de “estrutura dissertativa”, mas pode ser considerado como falha gramatical. Seja num, seja noutro critério, o aspecto “coesão” vai ser avaliado, não tem como escapar.

Algumas organizações podem avaliar o título, quando se tratar de curso de publicidade, já que assim pode-se analisar o nível de criatividade do aluno.

Aspectos formais, como letra ilegível, margens irregulares, ausência de recuo de parágrafo, frases que extrapolam o espaço da redação, normalmente são incluídos em “estrutura dissertativa”, já que essas falhas prejudicam a estrutura em si. Por exemplo: uma estrutura sem recuo de parágrafos é avaliada como contendo apenas UM parágrafo, o que logicamente vai ser fatal para a nota.

No caso do Enem, os critérios continuam sendo os mesmos, englobados em competências, de maneira que nada muda: se o aluno satisfaz todos os critérios que citei acima, ele estará satisfazendo as competências automaticamente (mesmo que nunca tenha ouvido falar nelas!). O único detalhe é que a argumentação do Enem exige a menção a propostas de intervenção. Propostas de intervenção sempre podem ou não ser incluídas, isso não foi invenção do Inep, apenas são obrigatórias na argumentação do Enem.

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Jeito sofisticado de evitar repetições!

Detalhes muito tristes…

Uma introdução bem charmosa!

Hoje quero mostrar o efeito de um exemplo numa introdução de redação dissertativa em prova. Este é um trecho de uma redação de aluno concurseiro, Henrique, um carioca que faz meu curso virtual;  veja a introdução do texto:

Como fazer uma introdução?

Exemplos são parte da argumentação, por isso não é uma boa ideia incluir exemplos na introdução. Não existe nenhuma proibição disso, mas é que a introdução não é desenvolvida naquele parágrafo inicial, ela apenas precisa ter uma tese (ou uma abordagem, na dissertação expositiva).

Mas veja só que efeito legal eu consegui refazendo a introdução acima e mantendo o exemplo nela:

Em 2015 foi decretada situação de emergência na grande maioria dos municípios do estado do Rio Grande do Norte em decorrência das consequências da seca. Parte do território – principalmente, mas não exclusivamente, a região nordeste – tem um histórico de períodos de estiagem. 

Mantive todas as pequenas falhas de gramática, porque não nos interessam agora e transferi o exemplo para o início do parágrafo. Também eliminei o conectivo “Por exemplo”. Então o exemplo veio “de cara”, logo no início – um fato conhecido jogado para o leitor, e que vai trazer esse leitor para dentro do tema, junto comigo! O exemplo aqui serviu para preparar o leitor para o assunto, e o assunto veio na frase seguinte.

como fazer a introdução da redação

 

Por um lado, portanto, usar um exemplo logo na introdução enfraquece um pouco a função da introdução; por outro lado, transformar o exemplo num fato (retirando dele o conectivo) e iniciando o parágrafo com ele dá um efeito muito bom!

 

Esse efeito de jogar um fato para depois se entrar no assunto é muito usado no jornalismo. Imagine, por exemplo, um repórter num programa jornalístico, que entrevista um senhor idoso numa fila de atendimento de um órgão de saúde; digamos que ele faça perguntas ao idoso e descobre que ele está lá desde a madrugada para conseguir atendimento. Em seguida o apresentador do programa no estúdio comenta o caso e abre uma discussão sobre mau atendimento em órgãos de saúde do país. Veja que o caso do senhor idoso foi usado para levar o tema ao telespectador, ele chama a atenção, porque é algo próximo do telespectador (ele pode ter pais ou avós nessa situação, ou ele mesmo está nela).

Digamos que um fato logo de início, do jeito que eu fiz, fisga o leitor.

Mas quero lembrar que esse tipo de efeito só deve ser pensado DEPOIS de você terminar seu rascunho! Nem pense em enfeitar introdução sem ter feito o rascunho, por favor!


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Quais números se escreve por extenso?

Promoção pra aliviar seu bolso

 

Ela achou o tema do vestibular sem importância…

– post 677, espero que você tenha lido os outros… –

Ainda sobre o tema de redação da Fuvest, “O mundo contemporâneo está fora da ordem?”, que, segundo uma vestibulanda num grupo de rede social não era tão importante quanto o do Enem 2020: “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”.

tema fuvest tema enem

Ela estava um tanto chateada. É como se estivesse dizendo que a Fuvest oferece temas sem muita importância, temas “nada a ver”.

Para o professor de redação, no entanto, não é bem assim. O Enem (e todos os outros vestibulares e concursos) levanta temas muito palpáveis, por assim dizer, sobre casos que vemos em nosso dia a dia, ou na mídia. Quando o tema é assim mais palpável, mais concreto, é mais automático se escrever sobre eles.

O tema da Fuvest (e de outros vestibulares, como PUC SP e Univ. Mackenzie) é mais pessoal, digamos, nele cabe muita coisa variada, não está indicando diretamente casos específicos que vemos na mídia ou no dia a dia, mas nem por isso é menos importante ou fora da realidade!

Dar um parecer pessoal tem um jeito de pensamento mais abstrato.

Uma proposta como a do Enem não prioriza o pensamento abstrato, que é um pensamento desenvolvido pouco a pouco, a partir dos 12 anos de idade aproximadamente (mas que pode não ser desenvolvido se não houver instrução escolar!), e um tema como o da Fuvest testa o nível de abstração de pensamento do aluno.

Um aluno de ensino fundamental II pode escrever sobre algum tema levantado pelo Enem, mas teria dificuldades de escrever sobre temas como o da Fuvest, entende? Porque ele ainda não desenvolveu seu pensamento abstrato o suficiente.

tema fuvest x tema enem

O curioso é que os temas abstratos, como esse da Fuvest, também permitem que o candidato escreva sobre temas mais “concretos” mas de um jeito mais sofisticado, se descolando do senso comum que é o típico do ensino médio! Isso é filosofar, reconhece?! 😃 Alguns alunos vão meramente decorar frases de filósofos e pôr na prova, enquanto outros mais hábeis vão desenvolver seu próprio raciocínio filosófico!

A vantagem de já ter desenvolvido o pensamento abstrato é que, numa redação com tema abstrato, se tem mais chances de se descolar do senso comum: o aluno demonstrará necessariamente que tem um raciocínio mais cuidadoso e mais baseado em seu repertório próprio (suas experiências de vida inclusive). Numa redação com tema “concreto”, mais palpável, ele pode escrever o suficiente apenas reproduzindo pobremente frases de filósofos que ele nunca leu, ou ideias de senso comum que ele mesmo não chegou a questionar.

Uma redação de algmodelo fuvest x modelo enemuém que não tem pensamento abstrato desenvolvido ainda tem aquela “cara de redação de colégio”, sabe?

 

 

 

Então uma proposta de redação com tema abstrato testa muito mais a capacidade de escrita que uma com tema “concreto”, você percebe? Testa inclusive a maturidade, que é algo fundamental para quem vai para o nível superior.

E lembro também que os temas mais “concretos” podem perfeitamente ser desenvolvidos a partir de pontos de vista abstratos, de conceitos, como esse da Fuvest. É isso que os filósofos fazem! Por exemplo: você acha que há alguma relação entre uma ordem mundial e o aumento de doenças mentais?

Enfim, a escrita vai acompanhando seu desenvolvimento de abstração paulatinamente, e se você ler suas redações atuais daqui a uns 5 anos, não vai se reconhecer nelas! 🤔 Nosso pensamento evolui. Os temas todos de vestibulares e concursos são importantes, mas com  o passar dos anos nós podemos vê-los de pontos de vista diferentes conforme nossa evolução cognitiva!

Depois de ler isso, você pode estar curioso para saber como é essa história de fazer uma redação sem “cara de colégio” – faça uma única aula comigo e vai entender!

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Tema aberto: como manter o foco?

Esta vestibulanda estava indignada depois de voltar da prova de redação da Fuvest 2021:
Como não fugir do tema

Realmente o tema era aberto! Sobre temas abertos se disserta mais facilmente quando se tem um tempo de treino; os raros alunos que têm debates na escola se dão melhor nessa hora.

Não vou comentar a proposta toda agora, só o tema em si, a pergunta central, até porque você já sabe como usar os textos de apoio, eu já falei muito sobre isso. (Sabe, né? 🤨)

A frase que questionava o aluno era “O mundo contemporâneo está fora da ordem?”

Ao chamar o tema de “abertíssimo” a vestibulanda queria dizer, provavelmente, que ele permitia ao candidato “viajar” no tema! Um tema aberto não espera qualquer resposta, afinal… ninguém sabe se o mundo está fora da ordem ou não… claro. Dá pra escrever “tudo”, e “tudo” não cabe nos esquemas de redação cristalizados, nos modelinhos…

Temas assim abertos precisam ser… fechados pelo candidato! Quer dizer, se você começar a dissertar direto, a partir da pergunta, vai mesmo “viajar”! E 30 linhas não aceitam viagens!

Aquela técnica de se imaginar sendo entrevistado na rua é muito boa nessas horas: se alguém te perguntasse isso na rua, o que você responderia? (pense aí!)

fuga do tema

Não sei você, mas acho que eu diria “fora da ordem? como assim ‘fora da ordem’?”. Eu poderia dizer “ué… existe alguma ordem para o mundo seguir?”. Essa sou eu respondendo, existem possibilidades variadas de respostas, ok?

Observe que eu não tinha certeza do que estava sendo perguntado! Minha resposta não seria legal se eu nem soubesse bem o que me perguntaram… :/

Fala-se de “nova ordem mundial”… fala-se de “novo normal”… talvez meu entrevistador esteja sugerindo que o mundo está bagunçado e precisa ser organizado… Eu disse “talvez”, percebeu? Isso é uma hipótese! Lembra do que falei sobre se lançar hipóteses na dissertação argumentativa? Pois é, estou supondo!

Mas eu pessoalmente não acho que o mundo vá chegar a uma ordem, do tipo… aquela que sua mãe quer ver no seu quarto, sabe?

Então eu começaria meu rascunho jogando essa hipótese do conceito de “ordem”, que para mim (para mim!) não é aplicável ao mundo. Nem ao contemporâneo, nem ao de outras eras! Acho que assim que se consiga pôr tudo em ordem, a desordem já vai ressurgir. E acho que a desordem dá um certo sentido à vida, porque quando tudo estiver ordenado… parecerá meio monótono. Mas aí é opinião minha – o importante mesmo é você aprender a criar hipóteses quando um conceito não estiver definido!

Já consegui fechar o tema, concorda? Eu estou controlando o tema! O tema parece um cãozinho na coleira: ele vai seguir pelo caminho que EU escolhi. Então não vou mais perder o foco, que era o medo da vestibulanda da postagem acima, percebe? EU comando meu raciocínio e levo o leitor pela mão…

Ok, mas tenho outra orientação quando o tema for aberto, que também é a que ensinei a usar em temas abstratos: dê exemplos, traga o conceito para o dia a dia! Traga para o mundo concreto. Nada melhor que isso pra se fazer entender! Eu faria isso em seguida: usaria os n exemplos que já teriam automaticamente pulado na minha mente e que mostram por que eu penso assim! Aí entra meu repertório e é automático, tá vendo?! Não precisa decorar nenhuma frase de filósofo…

Resumindo: tema aberto você precisa fechar, e o foco é você quem define. Se você não tem debates na escola, então imagine-se respondendo a um repórter na rua e vai ficar mais fácil – é assim que eu treino meus alunos!

(Atenção: eu não estou dizendo o que você deveria ter escrito na redação, se você fez a prova da Fuvest 2021, ok? Eu estou te ensinando a se virar bem com temas abertos!)

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Você sofre de letra feia?

Dê uma olhada nas promoções de vez em quando que seu bolso agradecerá!

 

 

 

 

 

 

“Eu não tenho argumento de autoridade, e agora?!”

– post 675… quantos ein! –

Escrevi um post sobre onde encontrar o bendito do repertório, e vou mostrar aqui um dos comentários da mesma pessoa explicando por que ela sente essa necessidade de incluir frases de famosos:

Frases para repertório no Enem

A vestibulanda está dizendo que uma certa plataforma de correção de redação valoriza, quer dizer, deseja que o aluno use argumento de autoridade. Para o aluno essa informação chega como “obrigação de citar filósofos”, sei disso. Não existe obrigação de citar isto ou aquilo. E o fato de um concorrente seu (que por acaso gosta e lê muito livros de filosofia) citar filósofos na redação não garante nenhum ponto a mais para ele. Estou cansada de ver redações cheias de citações claramente de alunos que saíram decorando frases por aí. Esta eu recebi dias atrás numa redação de um aluno novo do meu curso virtual:

Ademais, por consequência de um passado histórico muito trágico e difícil, os pais possuem a tendência de cada vez proteger mais seus filhos de dificuldades e sofrimento, porém isso causa um problema muito visto na geração atual: a fácil frustração diante de situações de “perigo”. Entretanto isso facilita o aumento de doenças mentais, pois esses jovens criam traumas facilmente, justificando parte dos 11,5 milhões de indivíduos com depressão no Brasil, por isso como dito por Gandhi, “temos que nos tornar a mudança que queremos ver”.

O que está fazendo Gandhi ali no meio?! 🙄 Está claro que essa frase não fazia parte do repertório desse aluno… Esse é o resultado de se levar o aluno a achar que redação tem que ter frase de famoso… 😠

como argumentar na redaçãoVamos pensar de outra maneira! O que é fundamental é que sua redação tenha argumentos de garantia! Os argumentos de garantia mostram ao leitor-corretor que você tem motivos para dizer aquilo. Esses argumentos de garantia podem ser experiências que você viveu (quem vai discutir uma experiência que você viveu?!), podem ser sua observação de fatos indiscutíveis que você vê ao redor, podem ser estatísticas que você ouviu em alguma mídia (não precisa lembrar detalhes!), estudos que você se lembra de ter ouvido seu professor mencionar (não precisa lembrar detalhes!), e obviamente afirmações de entendidos no assunto.

Você precisa treinar algo como a “defesa” de seus argumentos! Para defender seus argumentos você pode usar várias técnicas, e os argumentos de garantia são um deles, só um! Você certamente já usa alguns, mas como esse treino não é importante nas escolas e cursos, a única salvação que parece possível é se jogar numa frase de filósofo…😣.

Bem, só pra terminar, o segundo comentário que você vê na postagem acima é bem verdadeiro: faça o que você sabe fazer bem feito, não fique enfeitando, querendo mostrar o que você não é, porque qualquer professor sabe qual o perfil do aluno de ensino médio, e não vai exigir nada além disso!

(caso você queira treinar técnicas de argumentação, este curso abaixo, em vídeo, tem 5 aulas só disso, tá?)

melhores cursos de redação_____________________________

Plágio na redação?!

O problema é começar, né? O resto vai fácil depois…

 

Onde encontrar repertório?!

Vejam aqui o pedido de ajuda de uma vestibulanda da Fuvest, em um grupo de apoio:

Como ter repertorio para redaçãoCertamente ela estava em busca de frases de filósofos, de filmes, ou de ideias que sirvam para qualquer redação. É duro acreditar, mas é assim mesmo que se orienta os alunos nas escolas e nos cursos preparatórios: “copie, cole, você não tem nada dentro de você, você não sabe nada”.

É ou não é? 😡

Repertório é o nome que se dá para tudo isso que está aí dentro da sua cabeça, na sua memória, e que foi parar aí depois de tudo que você viveu. Entende? TUDO!

Tudo significa

  • o que você ouviu das pessoas que te rodeiam,
  • o que você aprendeu nas aulas de história,
  • o que você andou lendo fora da escola,
  • o que você viveu na pele,
  • o que você viu no documentário da tv,
  • o que você leu numa manchete de jornal…
  • = tudo! 

Na hora em que você vê a proposta de redação, ou na hora em que você está pensando no que dizem os textos de apoio muita coisa virá à sua cabeça! Quer dizer, muita coisa virá da memória a longo prazo para sua memória de trabalho, você não vai conseguir impedir isso, ok?

Isso que virá à tona é exatamente o repertório! É ele mesmo! Tá tudo aí!!!! 

repertório para redação

Se você andou lendo filósofos, ok, isso faz parte do seu repertório. Se você nunca leu filósofos, ok, use o que vier à sua mente! Os dois são repertório. Os dois vieram à sua mente por algum motivo, use-os na sua redação!

Sim, é verdade que o Enem dá mais pontos pra você se seu repertório tiver embasamento em alguma fonte de autoridade, que pode ser um canal de TV, um jornal, um livro, uma estatística que você aprendeu na aula de geografia… uma frase de algum personagem histórico… uma época histórica. É verdade.

Mas ele valoriza outros repertórios também!

Se você é minimamente bem informado, tem condições de lembrar de algum argumento que tenha vindo de alguma dessas fontes. Filósofo é só UMA das fontes. Então você consegue, sim, lembrar de alguma fonte para que seu repertório ganhe o máximo de pontos. Basta treinar – treinando isso tudo vem à tona da sua memória.

Não pense que é obrigatório incluir frase de filósofo em redação, senão não demonstra repertório!

Quer aumentar seu repertório com filósofos? Ok, maravilha! Quanto mais você colocar aí na sua memória melhor! Claro que quanto mais repertório melhor, você vai se explicar melhor! Repertório tem alguma utilidade, por isso fica na sua memória, entende? Cada um tem um repertório – se você não tem repertório de filósofos, certamente você tem outros tão valiosos quanto!

Imagina que loucura alguém sair decorando frases dias antes da prova, sendo que isso não é obrigatório na redação! Que loucura! 😫 Tem gente que garante ter tirado 900 no Enem porque mencionou um filme, mas, mesmo no Enem que avalia separadamente repertório, a pontuação dada a um repertório perfeito é uma pequena parte da nota da redação – tem muito mais coisa além dele!

A garota da postagem acima estava buscando “teorias” de repertório, que eu não imagino o que seja, mas um repertório pode ser uma teoria, pode ser um fato: se ele veio à sua mente, da memória a longo prazo, é porque ele é um repertório, e pode ser um fato ou pode ser uma teoria apenas.

(Se você é professor, ajude seu aluno a trazer para fora aquilo tudo que ele tem na memória, ele existe, pare de ignorá-lo!!!) 😓

A Sabrina Ando hoje é médica, e, quando terminou meu curso de redação virtual, deu este depoimento:

“Estou muito feliz em ter passado na Unifesp em 32º lugar! Passei também na segunda chamada da Famema e em Biomedicina em 9º lugar na UNIRIO.  Minha grande felicidade foi ter passado direto, sem cursinho.  Gostaria de agradecer a Deus e a senhora por ter me mostrado que é possível escrever minha própria opinião na redação e ainda tirar uma boa nota em um vestibular de Medicina. Obrigada por fazer parte de um sonho já realizado!!!!!!!!”

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Falta de paralelismo destrói sua redação, cuidado!

Enem pede frase de filósofo?! Quem te disse?