Como fazer a introdução do Enem

– post 647 – já leu os outros?! – 

Quem segue meu blog já sabe que introdução de um texto dissertativo argumentativo é um parágrafo curto, porque não se desenvolve uma introdução – a introdução  introduz, serve para mostrar qual sua intenção com seu texto, e por isso ali aparece a tese.

Mas é importante ressaltar que o Enem exige que se inclua mais informações, mais detalhes na introdução. No Enem é necessário que sua introdução tenha mais de 2 linhas. Não é uma exigência muito pertinente, porque 2 linhas com letra grande não é a mesma coisa de 2 linhas com letra pequena… É uma exigência um tanto vaga, e nem está no manual do candidato – é informação repassada só para os corretores. Mas… fazer o quê? Eles têm  o direito de exigir o que quiserem.

Tente, portanto, usar algum fato que tenha a ver com o tema (=contextualização), que não  precisa ser a Revolução Industrial, pode ser um fato atual tranquilamente; “avise” o leitor qual o assunto central (=tema); e tente comentar sua tese sem, no entanto, dar detalhes sobre como resolvê-la ou mostre quão grave é o fato… É questão de treino, não vá atrás de fórmula, vá por mim. Em último caso, evite letra pequena, porque quem tem letra grande vai se sair melhor neste quesito (lamentavelmente).

A melhor forma de fazer isso, como em qualquer redação, é deixar para “aumentar” sua introdução depois de terminar o rascunho – fica muito mais fácil! Não fique perdendo tempo com introdução, por favor.

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As promoções estão ajudando muita gente a economizar!

Acabou… acabou…

Por que os orientais parecem mais inteligentes?

Estamos nos aproximando de julho, no ano em que a  pandemia de coronavírus deixou de pernas para o ar nossas rotinas. Julho é o mês de férias escolares, mas este ano achei que nenhum aluno pensaria em férias. Primeiro porque quando se está em crise, a saída é trabalhar mais, e não menos; segundo porque, estando os alunos em casa, acordando mais tarde, não era de se imaginar que estivessem assim tão cansados…

Me enganei… 😦 alguns dos meus alunos – os que estão terminando o ensino médio – ainda não têm a exata noção do que é a vida de um vestibulando, e vão ficar todo o mês de julho sem fazer nada (e olha que já emendaram todos os feriados possíveis!).

Nem todos os jovens são assim… Tenho duas conhecidas, que nasceram no Japão e vivem hoje no Brasil, mas dentro de família com tradições japonesas, e tenho tido alguns alunos imigrantes coreanos e taiwaneses nos meus cursos.  Esses alunos de culturas orientais têm um hábito bem diferente dos brasileiros, e que pode explicar por que os  orientais parecem mais inteligentes e são páreo duro nos vestibulares.

Para eles, “férias escolares” significam descansar da rotina escolar e não precisar acordar cedo. Até aí, tudo bem, os brasileiros também pensam assim.

 

Mas esses orientais aproveitam melhor o tempo, porque costumam fazer algum tipo de curso extra (conversação em língua estrangeira, informática na área que lhes agrada, e muitos outros) grátis ou pago, presencial ou pela internet.

Isso é estranho ao aluno brasileiro. Um aluno brasileiro não pensaria em pedir para fazer um curso extra! Mesmo que fosse grátis, mesmo que fosse pela internet!

Normalmente o aluno brasileiro acordaria tarde, e passaria suas tardes vendo TV, filmes, jogando vídeo game, “fuçando” no celular… trocaria o dia pela noite fácil fácil…  Não que não se possa descansar e ter lazer, mas… ele faria isso o dia todo, durante todo o mês de férias!

 

Ora, no fim de um ano minhas conhecidas japonesas e meus alunos coreanos e taiwaneses teriam somado aproximadamente 20 dias a mais de aprendizado comparando-se com os brasileiros! É como se eles tivessem um ano com 13 meses! Se somarmos os anos de ensino fundamental e médio, os orientais podem estar com um semestre a mais que os brasileiros!

Enfim, eles aproveitam muito mais o tempo e as oportunidades que os brasileiros, temos que dar a mão à palmatória… E você nem pode dizer que deixaram de descansar e ter lazer! Todos nós temos 24 horas por dia, mas o dia deles parece ter o dobro!

 

Hoje as meninas japonesas que citei no início deste post são engenheiras formadas, e até o momento foram sempre chamadas para todas as vagas de trabalho que disputaram – algumas vezes elas têm que optar entre duas vagas, são profissionais requisitadas! Os empregadores certamente ficam impressionados com o domínio que elas têm de outras línguas e com as várias habilidades que desenvolveram com cursos extras.  O currículo delas está recheado de cursos extras e habilidades, apesar de serem recém-formadas. Não há, portanto, nada fisiológico que dê vantagem a esses alunos orientais, e também não são alunos que nunca tiveram lazer  – trata-se de saber usar o tempo.

Aqui, nos meus cursos, os vestibulandos que já estão tentando passar nas provas há mais de um ano nem pensam em emendar feriados ou férias de julho – aprenderam com a vida a aproveitar o tempo. Pararam de culpar o sistema de ensino “ruim” – querem mais é ter sucesso!

Espero que eu possa inspirar você para que experimente aproveitar uma parte do seu tempo de férias, aproveite que já ficou tanto tempo “descansando” na quarentena, e se “descole” da maioria. Enquanto seus concorrentes descansam, você pode fazer meus cursos de redação, português ou inglês no mês de julho! Meu nome é oportunidade! 😉 Pode me pegar!

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“Eu não entendo os filósofos!”

Gíria na redação?!

 

 

Como a Unifesp corrige a redação

– finalmente chegamos ao post 645! –

Vamos dar uma olhada no manual da Unifesp de 2020. Eu sempre lembro que ler o manual é fundamental para você ter ideia de como sua redação será corrigida. Não existem segredos que professores de redação tenham sobre um vestibular – tudo que o vestibular exige precisa estar claro no manual (ou edital), por lei, então é ele que você tem que ler.

Dissertação argumentativa só tem uma definição: é um texto com uma opinião e a justificativa dessa opinião, nada mais. Aqui nesta imagem você vê que os termos “tese” e “argumentos” constam da prova da Unifesp, portanto será uma dissertação argumentativa. Entretanto cada banca tem seu direito de exigir detalhes específicos além desse que é básico, e a Unifesp tem exigências específicas sobre o uso de primeira pessoa ou segunda pessoa do plural ou do singular:

redação unifesp

Disso o aluno deduz que é melhor não usar “eu” nem “nós”, nem “tu” nem”vós”. E eu também não arriscaria. A dúvida fica quanto ao trecho “podem ser penalizadas”, porque indica que há situações em que “eu”, “nós”, “tu” e “vós” podem ser aceitos! A meu ver, um edital de prova não deveria deixar dúvidas. Talvez a Unifesp tenha preferido não proibir claramente,  já que não existem proibições em dissertações argumentativas – tudo depende do que o escritor quer com o texto dele. Uso de primeira pessoa não é proibido em dissertações argumentativas, como já vimos, mas a palavra final é do edital/manual do vestibulando.

Para quem vai prestar Unifesp, não creio que isso atrapalhe, porque a Unifesp hoje tem sua prova organizada pela Vunesp, que não costuma perguntar nada muito pessoal ao aluno, ao contrário, por exemplo, da Fuvest.

Uma outra exigência da Unifesp é que o aluno não faça referência direta aos textos fornecidos. Esse tipo de referência será absolutamente necessária nas monografias e teses que você vai escrever na faculdade, ela é perfeitamente correta e inclusive desejável; mas a exigência da Unifesp é direito dela. Acho que fica mais difícil para o candidato usar o material fornecido, obedecendo essa limitação, mas usar o material fornecido não é proibido, o que é proibido é fazer referência direta a ele. Você pode usar como se tivesse lido aquilo em alguma fonte antes da sua prova, e não tivesse lido nada nada no caderno de prova!

Também vou aproveitar para comentar algo interessante que os alunos sempre perguntam. Observe aqui o que a Unifesp fala sobre “título”:

redação  unifesp

Fica claro que não vale a pena perder seu precioso tempo no dia da prova criando um título magistral, impactante, porque ele não vai entrar no cálculo da nota, ok?

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Um jeito diferente de opinar na redação

Esta é uma mania que talvez você tenha…

Alerta para pais de crianças que não gostam de escrever

– aquele balãozinho ali do lado é para você deixar um comentário… –

Um alerta para pais e professores. Recentemente tem se tornado comum que alunos tenham letra ilegível, e é também possível notar que os movimentos da mão para criar as letras não são os adequados.

Movimentos das mãos para escrever são movimentos-padrão. Isso quer dizer que não se desenham as letras do jeito que se deseja; as letras são desenhadas de uma forma específica – por exemplo, não se desenha o “a” minúsculo como uma bolinha e depois se faz um rabinho nele! Não é assim! Os movimentos-padrão existem exatamente para facilitar a escrita! Para se escrever rápido sem sentir dor no dedo! Para não se sentir dor no pulso!

Dor no dedo e dor no pulso quando se escreve não são normais! Mas são comuns  hoje! “Manias” de desenhar as letras fora desse padrão causam dor, causam desconforto, e, finalmente, levam o aluno a dizer que não gosta de escrever. É possível alguém dizer que não gosta de fazer riscos no papel?  Não, isso não existe. Escrever nada mais é que fazer riscos no papel, mas é preciso aprender a segurar corretamente o lápis e a fazer os movimentos corretos.

Aparentemente as escolas hoje não estão mais se importando em ensinar isso no fundamental I, e consequentemente os alunos mais velhos têm formas de segurar lápis, de posicionar o corpo em frente à mesa, de movimentar as mãos nada anatômica. Muitos quebram pontas de lápis sobre o papel tal é a força que imprimem sobre ele! Como gostar de escrever com esse sofrimento?!

Se a escola do seu filho não liga para a forma como se escreve, veja se seu filho está segurando corretamente o lápis; veja se ele faz os movimentos da forma mais natural conforme as setinhas da imagem que está neste meu post. Aliás, observe isso durante o ensino remoto.

Não me refiro aqui a letra feia, me refiro a dificuldade física para escrever. Refiro-me a vícios que se transformam em causa de rejeição da escrita.

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Falar com o leitor na dissertação?! Como assim?

Este curso de redação para vestibular é só para quem precisa de resultado imediato

Por que seu treinamento empresarial não funciona? III

– este é o post 643! –

Este é mais um motivo por que o uso de Power Point atrapalha os treinamentos empresariais: o aluno precisa prestar atenção ora ao slide, ora ao que o professor diz.

É verdade que alguns treinadores simplesmente leem os slides 😦 , e isso cria um outro probleminha: para que serve o professor ali se ele vai ler o slide?! Para treinadores com pouca habilidade de ensino, essa é uma boa alternativa, porque ele, de certa forma, fica “escondido” pelos slides.

Se o treinador decide dar informações mais detalhadas sobre o que o aluno está vendo no slide… aí é o que eu disse antes: o slide compete como professor. Em qual o aluno deve focar?

Também por isso meus cursos empresariais não  usam Power Point, pode ficar tranquilo…

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Opa, perigo no curso de redação!

Não escreva “deve-se haver”

 

Por que seu treinamento empresarial não funciona? II

Uma ideia errônea sobre aulas com uso de Power Point é que esse tipo de apoio visual garante interatividade.

Não há interatividade entre aluno e Power Point. Se você já perdeu seu tempo em treinamentos assim, sabe bem o que eu digo. Existe interatividade em se comentar, compartilhar, curtir… Quando um aluno não consegue interagir dessa forma (e isso já era assim antes da internet!), naturalmente sua atenção vai para outro foco. Por isso, em cursos baseados em slides, vê-se alunos cochilando, mexendo no celular, fazendo rabiscos, olhando distraidamente para outro objeto ou colega. Alguns estudos nos EUA dizem que o tempo máximo em que um aluno consegue se manter focado em algo sem interagir com ele é de 10 minutos!

10 minutos!

Pense nos cursos que ocupam o dia todo! Quanto daquele tempo realmente é aproveitado?! Isso explica um pouco por que você ou seus colaboradores fazem cursos e mais cursos e parece que não saíram do lugar…

 

Para conseguir  interatividade com equipamento visual, nada melhor que o velho e bom retroprojetor! Quando se usa um retroprojetor se pode interagir com os alunos, cobrindo o que está escrito e fazendo perguntas, alterando o que está escrito com canetas… é infinitamente mais didático e eficiente! O meu velho retroprojetor ainda está aqui comigo, e é com ele que treino meus alunos no curso “in company”! 😉

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O que ler para fazer uma prova de redação?

Veja quem já fez meu curso de redação empresarial!