Pessoas, pessoas, pessoas….

Tem uma palavra específica que os alunos repetem muito e nem percebem: pessoa.

(imagem rawpixel.com em freepik.com)

Pode dar uma olhada nas suas redações pra ver…

Se você segue minhas postagens, sabe que repetir é fun-da-men-tal para manter a lógica do seu texto, ou seja, precisa repetir palavras na redação, ok? Mas tem casos e casos… E você precisa desenvolver essa percepção, para notar quando a repetição era realmente desnecessária. Vamos ver o que fazer com a “pessoa” em excesso:

Este trecho é parte de uma redação de ex-aluna minha, vestibulanda:

           O preconceito está ligado ao desrespeito às diferenças individuais. Essa relação é uma triste ironia por que passa a humanidade. Justamente a diferença, que permite que compartilhemos a cada dia ideias diferentes, com pessoas diferentes, que é o ponto de origem de qualquer discussão, e torna a vida tão fascinante, chega a incomodar determinadas pessoas, intolerantes a diversidade.

            Tolerar as diferenças e ver além da questão sexual, ver pessoas, permitiria que todos enxergassem a beleza da diversidade e as virtudes de cada pessoa, que são muito específicas e particulares, e por isso mesmo, belas.

 

Viu quantas “pessoa”?

 

Veja como eu consegui melhorar isso:

          O preconceito está ligado ao desrespeito às diferenças individuais. Essa relação é uma triste ironia por que passa a humanidade. Justamente a diferença, que permite que compartilhemos a cada dia ideias diferentes, com pessoas diferentes, que é o ponto de origem de qualquer discussão, e torna a vida tão fascinante, chega a incomodar alguns, intolerantes a diversidade.

            Tolerar as diferenças e ver além da questão sexual, ver pessoas, permitiria que todos enxergassem a beleza da diversidade e as virtudes de cada um, que são muito específicas e particulares, e por isso mesmo, belas.

 

Viu só? E eu nem fui buscar no dicionário sinônimos! Não incluí “indivíduos”, “seres”, “humanos” etc etc, que aliás ia ficar bem forçado né? 😀  Como não existem sinônimos perfeitos, eu ainda me arriscaria a destruir a coesão. Pronomes servem para isso, meu caro 😀

 

EU ENSINO ESSAS E OUTRAS ESTRATÉGIAS NO CURSO DE REDAÇÃO PARA ENEM E VESTIBULAR:

E ENSINO ESSAS E OUTRAS ESTRATÉGIAS NO CURSO DE REDAÇÃO PARA CONCURSO:

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Vergonha alheia deste erro! 😮

Certos alunos já começam na frente… 

“Como escrever tudo que quero em 30 linhas?!”

(imagem nakaridore em freepik.com)

Tenho alunos que reclamam de não conseguir pôr tudo que querem na redação de 30 linhas. Vou mostrar agora pra você como dá para você escrever mais do que está escrevendo, no mesmo espaço! Acompanhe-me!

Esta redação é de uma aluna vestibulanda de medicina que está iniciando o curso virtual:

 

            A dinâmica do mercado de trabalho está intimamente relacionada aos valores sociais que ditam qual o papel do homem e da mulher. Como resultado, muitas profissões são classificadas como “masculinas” ou “femininas” – mitos construídos pelos estereótipos sociais.

           Desde cedo, muitos foram criados em um ambiente que não garantiu o desenvolvimento pleno de seu potencial, sendo apenas expostos a estereótipos de gênero que são pré-determinados pela sociedade. Essa generalização é um obstáculo para que a criança possa descobrir e desenvolver suas aptidões, levando em consideração os defeitos e as qualidades. Um exemplo disso é retratado no filme “Billy Elliot” que mostra os preconceitos enfrentados por um jovem que deseja de se tornar dançarino de balé.

             A imposição de expectativas sociais favoreceu a criação do mito em que determinadas profissões fossem consideradas masculinas e outras, femininas. No entanto, os avanços sociais com o intuito de combater o machismo permitiram que mulheres e homens pudessem ter maior liberdade para escolher seus empregos. Por exemplo, atualmente é possível ver mais mulheres trabalhando na construção civil e mais homens atuando como enfermeiros.

           A classificação de profissões como “masculinas” ou “femininas” é mito criado a partir de expectativas sociais. Todavia, o mercado de trabalho gradativamente está se tornando mais diverso, possibilitando a desconstrução desse mito.

 

Escrita à mão, essa redação já tem quase 30 linhas. Agora vou resumi-la sem afetar o que a aluna queria dizer, com o intuito de ganhar mais linhas para argumentar mais:

          A dinâmica do mercado de trabalho está intimamente relacionada aos valores sociais que ditam qual o papel do homem e da mulher. Como resultado, muitas profissões são vistas classificadas como “masculinas” ou “femininas” – mitos construídos por pelos estereótipos sociais.

          Desde cedo, muitos foram criados em um ambiente que não garantiu o desenvolvimento pleno de seu potencial, sendo apenas expostos a estereótipos de gênero que são pré-determinados pela sociedade. Essa generalização é um obstáculo para que a criança descubra e desenvolva possa descobrir e desenvolver suas aptidões, considerando levando em consideração os defeitos e as qualidades. Um exemplo disso é retratado no filme “Billy Elliot” que mostra os preconceitos enfrentados por um jovem que deseja de se tornar dançarino de balé bailarino.

           A imposição de expectativas sociais criou favoreceu a criação do o mito de em que determinadas profissões fossem consideradas masculinas e outras, femininas. No entanto, os avanços sociais com o intuito de combater e o combate ao machismo permitiram que mulheres e homens pudessem ter maior liberdade para escolher seus empregos. Por exemplo, atualmente é possível ver mais mulheres trabalhando na construção civil e mais homens atuando como enfermeiros.

            A classificação de profissões como “masculinas” ou “femininas” são mitos criados a partir de expectativas sociais. Todavia, o mercado de trabalho gradativamente está se tornando mais diverso, possibilitando a desconstrução desconstruindo desse mito.

 

Eu mostrei no texto resumido as modificações que fiz, para você perceber, mas já posso te dizer que, eliminando os trechos que eu mantive e que estão riscados, a redação ficou com 25 linhas à mão! Quer dizer, ganhei 5 linhas para mais argumentação, ou detalhamento!

Isso faz uma diferença enorme! 5 linhas são praticamente um parágrafo a mais! E não perdi nada da ideia!

Para conseguir isso eu simplesmente disse o mesmo com menos palavras!

O quê? Você aprendeu que precisa usar palavras rebuscadas, ser prolixo, pra ganhar mais pontinhos?! Xiii…. lamento mas te enganaram…: a redação dissertativa precisa ser objetiva (e não “enrolativa”), direta ao ponto.

É uma habilidade de resumir. Parece fácil, mas os alunos aprendem tão ao contrário que eu estou vendo que eles não conseguem perceber onde dá para resumir! Precisa de treino – treine!

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Garanta o inglês para sua prova!

E o senso comum, ein, como resolve?

 

 

Curso de redação pela internet?! Mmm… não sei não…

Este post é só para tirar aquele meeeeedo  que continua grassando sobre os alunos que vão prestar provas de redação em vestibular ou concurso.

O medo é “será que curso online dá certo?” “será que curso virtual dá certo?”

 

Acho que se eu mostrar quantos alunos passaram por aqui, no curso online e no curso virtual, vocês perdem o medo, né?

Então aqui estão meus ex-alunos todos que eu nunca vi pessoalmente pra vocês pensarem:

os alunos vestibulandos

e os alunos concurseiros 

🙂

 

A redação pode ter muitas perguntas?

Eu já comentei antes que – sim – você pode fazer perguntas na sua redação!

Mas um internauta me questionou sobre quantas perguntas podem ser feitas, se se pode fazer muitas perguntas.

Bem, a gente nunca sabe exatamente o que está por trás dessa dúvida… o que seriam “muitas perguntas”? 5? 10? Não tem como dar uma resposta precisa.

O risco que eu tenho visto em fazer muitas perguntas é não conseguir ter essas perguntas todas respondidas satisfatoriamente. Quando a pergunta é retórica, do tipo

“Por que temos de aceitar a desigualdade no Brasil?”

em que não estamos esperando nenhuma resposta, é claro, acho que não precisamos formular outras perguntas do mesmo tipo, concorda? Não tem sentido escrever

“Por que temos de aceitar a desigualdade no Brasil? Até quando teremos desigualdade por aqui? Não estamos já fartos de tanta desigualdade?”

 

Quanto a perguntas normais, que são respondidas com o texto, o problema é que em 30 linhas só dá para responder direitinho uma pergunta. Vejo introduções com 2 perguntas, o que eu acho que é excessivo… é melhor responder 100% a pergunta que você faz para o leitor.

Então não vejo utilidade para muitas perguntas em uma redação, embora eu não saiba quantas perguntas estão na cabeça do internauta que trouxe essa dúvida

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Peguei você com esta dúvida?!

Ah… a proposta de intervenção do Enem…

 

Não precisa dar sua opinião de verdade!

(imagem stockking em freepik.com)

Um ex-aluno meu me disse:

“Muitas vezes eu ficava muito tempo ‘preso’ pensando se eu acreditava ou não naquilo”

Ele estava  se referindo à tese! Nunca aconteceu com você de escrever uma tese e depois se perguntar se era aquela mesmo sua opinião?

O fato é que você pode dar sua opinião verdadeira na tese, claro! Mas também pode dar uma opinião que não é a sua verdadeira! Pode sim! O  importante é pensar qual opinião seria mais prática de ser argumentada no meio do texto!

Pense: você terá 30 linhas para se explicar… e o corretor nunca saberá se sua opinião é aquela mesmo ou se você está mentindo! Então vá pelo caminho mais prático pra você.

Se você é a favor da pena de morte mas acha que é mais fácil argumentar contra ela, argumente contra ela! Você só está querendo ter sua redação bem avaliada, e seu corretor só está querendo verificar seu nível de clareza e correção da escrita.

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Pode inventar exemplo?

Crase é tão difícil né?! 😦

Falha recorrente na imprensa – cuidado!

Num texto que encontrei numa famosa revista semanal, havia este trecho:

“No texto, publicado na manhã de terça e logo apagado, contava como ela tinha procurado o cirurgião plástico…”

não tem sentido, ela está sem sujeito. Quem contava?!

Ela deveria ser assim

“O texto, publicado na manhã de terça e logo apagado, contava como ela tinha procurado o cirurgião plástico…” 

Aí sim se tem um sujeito! Preste atenção aí na sua redação porque é uma falha muito comum hoje, e eu já falei sobre ela antes. E se você é ou vai se graduar como jornalista, treine comigo!

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Você acha sua redação infantil?

Tem medo de fazer redação curta?

Preciso provar que o argumento é verdadeiro?

(imagem stockking em freepik.com)

Meu aluno virtual, graduando em RI, me perguntou:

“Sempre que apresentar um argumento, eu tenho de me preocupar em apresentar uma ‘prova’  de que ele é real ou que é válido com relação ao tema? Por ‘ prova’  entendo um exemplo ou uma explicação da sua relação entre o objeto da prova e o tema.”

Boa pergunta!

O argumento é uma “prova” de que você tem motivos para pensar como pensa. Motivos esses que justificam sua forma de pensar, que mostram que você tem (alguma) razão. Motivos.

Esses motivos podem ser fatos, provas concretas realmente, podem

ser exemplos. Digamos que eu seja contra a pena de morte e meu motivo para isso é que pode haver falhas em processos de pena de morte, o que é bem perigoso, ainda mais num país onde a justiça não contempla todos igualmente, como o Brasil. Isso é um motivo, concorda? E é um bom motivo!

(imagem lookstudio em freepik.com)

Mas eu também posso dizer que sou contra a pena de morte porque houve casos como o de Troy Davis, um estadunidense morto por injeção letal em 2011, por ter assassinado um policial; entretanto várias testemunhas contra ele voltaram atrás em seus depoimentos, declarando que foram pressionadas por agentes da polícia a culpá-lo; sem mencionar que a arma do crime nunca foi encontrada.

 

As duas formas de argumentar são corretas, são convincentes. Apenas que a segunda, em que um exemplo foi incluído, ficou mais convincente – você duvidaria de fatos? – e também mais longa!

É uma ótima ideia para quem não tem muito treino usar fatos concretos, facilita muito!

Mas se você se dá bem com teorização, não há nada que proíba isso!

Meu aluno estava com medo de não ter exemplos ou casos reais o suficiente para cada argumento que ele daria num texto. Mas não existe essa obrigatoriedade, a redação não é uma fórmula.

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Sugestão de leitura pra sair da caixinha…

Isso é isso mesmo?!

Outro jeito de dar a opinião na dissertação

Como você sabe, dissertação argumentativa é um texto com a sua opinião. Você precisa deixar claro ali no seu texto o que você acha do assunto. E mesmo as dissertações expositivas podem conter sua opinião, embora não como tese.

Mas isso não significa que você vá necessariamente escrever frases como

            “A meu ver há interesses muito prejudiciais por trás dessa decisão….”

Claro que você pode escrever dessa forma! Mas ela não é a única forma de dar sua opinião. Por exemplo, você pode dizer

            “Uma decisão tão perniciosa como essa pode levar a….”

 

Certas palavras, isoladamente, transmitem claramente sua opinião, seu modo de pensar, ocupando menos espaço! Pense bem, um simples “Lamentavelmente” já carrega sua opinião sem rodeios! 😉

Experimente na sua próxima redação!

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Promoções boas para aliviar seu bolso

O que você acha desta correção?