Escritores também fazem rascunho!

– chegamos no post 609! os outros estão no fim da página –

Estou ajudando meus alunos vestibulandos que vão prestar Uerj, que este ano usará o livro Vidas Secas como base para algum tema de redação, quando tive a agradável surpresa de ver os originais do livro!

Observe aqui o primeiro capítulo do livro e também a capa, veja as anotações a rasuras que os escritores fazem sobre os rascunhos! Eu sempre insisto nisso: faça o rascunho com cara de rascunho, já falei sobre isso!

Rascunhos que saem prontinhos para serem passados a limpo não são rascunhos!

Rascunhos precisam receber rabiscos, anotações, inserções, rasuras…

Espero ter incentivado você a fazer rascunhos com cara de rascunhos! Releia, edite, o texto final fica “top”!

E caso você tenha se emocionado de ver os originais de Graciliano Ramos, eles estão no IEB, na USP, campus Butantã. São de 1937.

_____________________________

Aqui vai ajuda para sua prova de português

E aqui uma ajuda para quem está no nível zero de redação dissertativa

Aluno que escreve bem mas demora horrores!

O Davi é um aluno paulistano, vestibulando de Medicina que faz meu curso virtual. Tem reclamado de demorar mais de 2 horas para fazer uma redação; ele mesmo reconhece que não escreve facilmente e que escreve-apaga-escreve-apaga. Ao mesmo tempo, suas redações são muito bem escritas, caprichadas. Mas a nota 8 não serve para ele, e ele precisa sair dessa faixa e se aproximar do 10.

O início da redação a gente já resolveu – ele já está começando mais rápido, mas tudo ainda leva mais de 2 horas!

Acho que descobrimos a razão dessa demora… veja estes dois parágrafos iniciais da redação sobre alcoolismo entre jovens:

Você deve ter notado que a linguagem que o Davi usa é excessiva, prolixa, e que ele repete a mesma ideia em sequência, sem avançar na explicação.

No parágrafo I você viu que ele se referiu a prejuízos à saúde humana. Ora… se não fossem prejuízos à saúde humana, a qual saúde seria? Só poderia ser humana mesmo – foi uma repetição desnecessária!

Ele também disse que a bebida alcoólica é hábito universal porque está presente em todo o mundo. Bem… para que dizer duas vezes, de formas diferentes, que a bebida alcoólica é hábito universal?!

Depois ele diz que existiria uma popularidade e uma aceitação ao uso do álcool. Numa discussão filosófica pode ser que uma coisa é ser popular e outra coisa é ser aceito, mas para fins de redações de nível médio, é a mesma coisa, concorda?

E sobre as complicações metabólicas? É o tipo de termo (vocabulário) específico de quem é profissional da área médica, não ajuda em nada uma redação simples como esta! Se a complicação é metabólica ou de outro tipo, não faz diferença para um corretor que é um professor de português!

Continuemos agora para o parágrafo II. Ali ele diz que existe a aceitação do hábito de tomar bebidas alcoólicas que tem uso corrente. Se um uso é corrente, é porque ele é aceito – são, para fins de redação de vestibular, a mesma coisa. Seria suficiente escrever “a aceitação social é em razão de seu caráter lícito”.

Ele também diz nesse parágrafo que as bebidas alcoólicas  são amplamente distribuídas, mas ele já tinha dito isso mais acima, quando disse que a oferta desses produtos é enorme. E ainda no final ele insiste que são bebidas comuns!

Essa tendência de repetir ideias e de usar palavras em excesso é costumeira entre alunos com vocabulário acima da média e que são orientados nas escolas e cursinhos a usar uma linguagem empolada. No caso do meu aluno, essa redação foi tão afetada que a própria fluidez, a argumentação em si, entra na chamada circularidade, fica “chovendo no molhado”. Esse é mais um dos casos que a gente resolve aproximando a linguagem falada da escrita.

Como você falaria com o corretor? Pois é assim que você deve escrever! 😉

 

______________________________

Não precisa falar a verdade…

Escolha aqui o melhor curso pra você

 

 

 

 

“Ainda sim” ou “Ainda assim”?

– viu ali do lado o balãozinho? deixe seu comentário lá que eu respondo! –

E agora?

É “Ainda assim” ou “Ainda sim”?

Não dá pra dizer que não exista “Ainda sim”, porque em redação tudo depende do sentido; mas se você quer dizer “Apesar disso”, então uma outra opção com o mesmo sentido é “Ainda assim”.

“Ainda assim” é uma expressão muito usada em início de frases.

Veja:

Nós o alertamos dos perigos. Ainda assim ele fez questão de ir sozinho.

 

 

 

O Pedro Kanda venceu o ano da pandemia e passou na Fuvest em Educação Física e Esporte – veja o que ele achou do meu curso de redação:

“A professora Margarete me ajudou muitoo muitoo na redação. Antes eu era muito inseguro e ficava preso nas “regrinhas”, então era difícil desenvolver algo porque na minha cabeça sempre aparecia o “mas isso não pode”, e ela me ajudou a destravar e a quebrar tudo isso!! Além disso, não sabia começar uma redação independente do tema. E ao longo das 6 aulas que eu fiz fui aprendendo – claro com ela – a começar um texto com muito mais facilidade, a desenvolver o tema com muito mais facilidade, e comecei a me sentir mais seguro de mim mesmo. Sinto que isso fez toda a diferença pra minha redação na Fuvest 2021!!!” 

______________________________

E se você inventar um exemplo?

Esta promoção serve pra você?

Meu presente de dia dos professores

💚 Hoje foi meu dia do professor atrasado… olha só o que minha aluna vestibulanda de medicina do curso virtual me escreveu:

A Helena não tinha uma redação nada boa quando começou o curso, e, pior: estava muito desanimada com as primeiras notas baixas. Mas hoje eu digo que ela é uma “máquina de fazer redações” – mal envio a avaliação da aula virtual ela já escreve outra e me envia! Os pais dela estão investindo, em média, R$ 126 por mês e ela tem o mesmo resultado do meu curso presencial, sem sair de casa! 😮

E você precisa ver que redações mais gostosas de se ler! Sabe aquela redação que parece mais artigo de jornal (em vez da redação chatérrima de colégio e cursinho…)?! Pois é… ultimamente é assim mesmo! Quando a redação flui, é porque o aluno está curtindo escrevê-la; quando ele curte escrevê-la, ela flui!

Redação que flui é escrita rapidamente e fica mais gostosa de ler. 🙂

______________________________

Sabe bolar a proposta de intervenção do Enem?

Já clicou em “Promoções” ali no menu?

 

 

 

Como explicar esta falha de português?!

– post de número 605! Já viu os outros no menu lá embaixo? –

Uma dificuldade impressionante que meus alunos têm mostrado é de usar o modo verbal correto com certas conjunções. Não, eu não vou te dar aula de gramática agora!

Veja se acha algo estranho nesta frase:

 

Eu espero que você tenha encontrado… espero mesmo . Uma década atrás um aluno não cometia essa falha: com “embora” se usa o subjuntivo, quer dizer, na frase acima deveria estar escrito

“Embora as estatísticas provem”

Esse verbo que usei agora está no tal do subjuntivo. Ok, ok, você não precisa gostar de gramática, mas ela está dentro de você, você a usa, pode odiar à vontade… E essa falha dessa minha aluna é um indício de que está se falando errado por aí! Em casa, na mídia e até na escola! Ninguém precisaria “aprender” isso na escola se se falasse corretamente, como se falava antigamente.

Minha aluna não notou nada de errado ali! E olha que ela já terminou o ensino médio (em escola muito conhecida como ótima escola)…

E como hoje se fala errado, lamento dizer mas você terá de aprender o seguinte: com conjunções concessivas usa-se verbo no modo subjuntivo. Dê uma olhada na gramática para saber o que é isso…

____________________________

Redação da Unicamp se aprender rápido!

Escrever rápido é muito bom, viu…

 

“Sujeito? O que é isso?!”

Tenho notado algumas falhas muito comuns em meus alunos, que são indício de ensino fundamental problemático. Uma delas é a dificuldade do aluno em reconhecer um sujeito na frase. Sim, muitos alunos meus, incluindo os de escolas particulares e os formados em ensino superior, não são capazes de localizar o sujeito dos verbos nas frases que eles mesmos escrevem.

Você pode até odiar gramática, tem todo o direito, mas o fato é que você precisa ter noção da relação entre sujeito e verbo, senão você incorrerá em erros de concordância, que são os piores num texto!

Por exemplo, nesta frase aqui temos uma falha de concordância verbal, e minha aluna vestibulanda não soube me dizer qual seria o sujeito do verbo:

“Ainda que a mulher tenha passado a participar mais no mercado de trabalho, existe dificuldades devido ao acúmulo de funções, em casa e fora de casa.”

O verbo é “existe” – isso você também tem que saber – e o sujeito dele é “dificuldades”. Se ela soubesse qual era o sujeito do verbo que ela mesma tinha escrito, não teria incorrido numa falha de concordância. O verbo deveria estar na forma “existem”.

E para a pontuação também é muito bom ter noção de sujeito e verbo… sujeito e verbo nunca podem estar separados por vírgula, mas se você não tem ideia de qual é o sujeito e qual o verbo, pode cometer esta falha aqui, que encontrei na redação da Helena, minha aluna vestibulanda do curso virtual… observem a marca “13”:

E se você for professor, capriche no treino do seu aluno para que ele saiba o que é sujeito e o que ele tem a ver com o verbo.

____________________________

Isto é dissertação ou artigo de opinião?

Está travado pra escrever?