post 846 – Pode escrever “fazeria”?

Brasileiros falam português fluente mas… tropeçam no verbo “fazer

Errar um verbo em português não é motivo de vergonha: eles não seguem sempre o mesmo sistema. Até gente instruída erra alguns deles. Vou te mostrar um que você já deve ter ouvido errado por aí (Ainda bem que você é falante de português, uff!)

O verbo “fazer” é uma perfeita pegadinha. Aqui está um profissional de nível superior caindo na pegadinha:

correção de redação

Esse verbo não segue o padrão dos verbos regulares – ele é irregular. Então você diz

“comeria”

“pintaria”

“salvaria”

“concluiria”

Mas não diz

“fazeria”!

(não fui eu que inventei essa irregularidade, ok? não venha me culpar por isso)

Você deve dizer e escrever sempre

FARIA!

Verifique se você não está falando errado, ou se não está lendo textos de má qualidade – isso pode afetar sua redação e um erro desses pega muito mal…

Mas não se sinta constrangido se de repente você falar assim errado esse verbo: até eu já me peguei quaaaaase falando errado! E agora você vê que o “erro” de pronúncia tem uma lógica.

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Não faça contextualização deste jeito na redação, pfv!

Concurseira fica pasma com o resultado ruim de sua contextualização na redação

A moda da contextualização forçada na introdução da redação continua a todo vapor nas aulas de redação de escolas e cursinhos. E continua fazendo “vítimas”! Hoje você vai ver mais um caso desses.

Muito bem, você já deve estar bem treinado a detectar falhas de todo tipo em redações, se está maratonando meu blog… agora vai ver a introdução da redação da minha aluna, Luciana, do Rio, uma concurseira do curso online. Descubra o que não está bom nela:

contextualização para redação

Claro!

Claro que você percebeu que não dá para fazer analogia entre os direitos iguais entre homens e mulheres que está na Constituição e o fato de existirem profissões com mais homens ou mulheres por aí!

Claro!

Ou não está claro…?!

Bem, analogia é uma comparação por semelhança. Mas a Luciana está mostrando coisas OPOSTAS! O conectivo “De maneira análoga” não tem nenhum sentido aqui!

Seria melhor um “Apesar de” ou um simples “Mas”, não acha?

Essa falha poderia ser considerada falha de coesão, ou falha de coerência – como a banca preferisse analisar. Mas que é falha é.

Vou repetir: cuidado com fórmulas para redação… fórmula é para matemática. Fórmula para redação significa mais tempo para fazer a redação e mais risco de perda de pontos.

E cuidado também com regras inventadas: não é obrigatório citar nada no começo de redação dissertativa de banca nenhuma. Cite se quiser.

Enfim… a Luciana ficou surpresa por não ter notado o efeito totalmente errado que a contextualização deu ao que ela queria dizer.

Como foi que a Luciana deixou passar uma falha dessas?! Se ela tivesse escrito como falaria para o corretor, certamente não ia incorrer nessa falha – mas como a moda agora é complicar…

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post 844 – Esta banca de vestibular aceitou redações do tipo errado?!

O que a banca faz se nenhum candidato acerta o tipo de redação?

banca de redacao

Por que uma certa banca de vestibular que pediu artigo de opinião aceitou dissertações argumentativas e tudo bem?! É a mesma coisa? É isso que vamos descobrir agora!

Recebi uma mensagem da Natália, minha aluna matogrossense, vestibulanda do curso em vídeo, com uma dúvida bem curiosa!

Ela vai prestar vestibular para uma banca que também pede artigos de opinião.

No site da tal banca ela encontrou as melhores redações para uma prova que pedia artigo de opinião – que bom! Mas quando deu uma olhada nas redações boas da tal banca, para uma prova que pedia artigo de opinião… levou um susto:

Aquelas redações boas NÃO ERAM artigos de opinião!

Como explicar que redações que não são artigos de opinião tenham sido consideradas até muito boas numa prova que pedia artigo de opinião?!

A banca errou?

A Natália viu que eram redações dissertativas argumentativas, simplesmente (com cara daquelas redações 1000 do ENEM, todas iguaizinhas).

E como você já sabe, artigo de opinião é algo além de uma simples dissertação argumentativa

Minha aluna quis saber como foi que essa banca aceitou essas redações que não eram artigos de opinião de verdade.

Eu não tenho a resposta certa, afinal eu não fui uma das corretoras, mas tenho algumas hipóteses:

  1. Artigos de opinião são derivados da dissertação argumentativa, então o corretor teria de aceitar esse tipo de texto – não poderia zerar a redação;
  2. O sistema de ensino de português (redação) atualmente é muito ruim no Brasil, em geral, e os alunos simplesmente aprendem que redação é só aquele padrãozinho inventado para o ENEM. E isso acontece tanto em escolas públicas quanto nas particulares. Quando a banca pede um artigo de opinião, ou uma carta, ou um manifesto, os candidatos escrevem uma redação padrão e pronto. E nesse contexto não se pode exigir mais do que é ensinado…

Não quero crer que os corretores ou a banca não soubessem o que era um artigo de opinião… então esta hipótese eu nem vou considerar.

Eu aposto mais no item 2 acima. E pela minha experiência digo mais: mesmo que o aluno aprenda o que é um artigo de opinião na escola, a pressão para fazer uma redação “quadradinha”, que parece uma fórmula, é muito grande na internet e nos cursinhos, e ele não conseguiria se soltar e escrever na primeira pessoa!

(Você consegue? Ou já fizeram sua cabeça?)

E aí, sabe como é: com grande probabilidade, nenhum candidato foi capaz de escrever um artigo de opinião, mas as vagas tinham de ser preenchidas, concorda?

Então o vestibular classificou as redações boas, desde que argumentativas, ainda que não exatamente artigos de opinião.

A Natália descobriu que tinha ali uma brecha maravilhosa para conseguir superar a concorrência: seria talvez a única a escrever um artigo de opinião de verdade nessa hora!

É a vantagem de não seguir a manada!

Portanto, se acontecer de nenhuma redação ter acertado “na mosca” o que o vestibular pedia, as redações mais adequadas serão classificadas. E realmente é improvável que absolutamente nenhum candidato tivesse escrito uma dissertação argumentativa.

Mas muito cuidado nessa hora: a banca acima aceitou as dissertações argumentativas porque são a origem dos artigos de opinião! Outros tipos de texto ou gêneros não seriam!

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Como corrigir sua própria redação?

Você sabe corrigir sua própria redação?

Você precisa começar a corrigir erros de redação antes que o corretor descubra! Senão… o que adianta ter tantas redações corrigidas?! Vou te dar algumas dicas para conseguir isso.

A habilidade de corrigir e editar a própria redação simplesmente não é ensinada em quase nenhuma escola e, até onde sei, em nenhum cursinho.

Mas deveria.

Em todos os meus cursos eu ensino isso a meus alunos.

Qual a lógica de se enviar e receber redações corrigidas o ano todo para chegar no dia da prova e… errar tudo de novo?!

Tempo e dinheiro jogados pela janela…

E, fala sério: não dá uma raiva daquelas quando você recebe a correção da redação e descobre que errou os mesmos erros de sempre?!

Quando você chegar na prova, deverá ter a capacidade de localizar suas falhas sozinho (é claro!). É preciso se virar sozinho.

correção de redação

Eu posso adivinhar que, no máximo, você percebe falhas de acentuação antes de passar a limpo… e talvez arrisque jogar algumas vírgulas e pontos, aqui e ali.

(Isso explica por que o sistema de correção de redação está sendo substituído pelas avaliações de redação).

O que é preciso verificar antes de entregar a redação?

Acredito que você não é um professor de português, então não estou esperando que vá localizar todas as falhas e rapidinho!

Isso tem que ser treinado por anos! Anos de escola.

Mas sempre dá tempo de aprender a detectar as falhas mais comuns.

Não se corrige só gramática, ok?

Por isso, não vou falar de gramática hoje, e sim da clareza, da lógica, da organização… e dos argumentos. Coisas que até os corretores às vezes deixam passar!

Gramática eu deixo pra sua memória visual (continue lendo o que você gosta) e do seu treino!

Eu vou mostrar o que você precisa analisar na sua redação antes de entregá-la, com base nas falhas mais comuns entre meus alunos:

  1. Sua redação foca num único ponto, tem uma tese que leva a um aspecto apenas?

Sim, porque redações em que o aluno passeia por aspectos variados, desfocado, estão falhas!

Se fosse um livro, ainda vá lá… mas em 30 linhas não dá mesmo.

Claro que é de dar frio na espinha você descobrir que não focou num único ponto só depois de finalizar a redação e reler tudo!

Então comece a pensar nisso à medida que relê seu texto, depois de fazer o rascunho! Porque é algo que exige alterações profundas na redação!

correção de redação

2. Sua redação envolve o leitor-corretor com sua argumentação?

Este é um aspecto bem importante, afinal a argumentação é o centro de tudo na redação dissertativa argumentativa!

E eu não estou dizendo que você tem que impressionar o corretor com citações sensacionais, até que ele diga “óh!”

Observe se sua redação usou evidências apenas como enfeite – isso pode dar certo em algumas provas, mas não confie muito…

A argumentação que envolve, que convence, é aquela com evidências tão boas que o corretor não teria coragem de questionar nada!

E evidências boas não significam nomes de filósofos, descrição de filmes, nada disso. Podem ser simples exemplos do dia a dia, notícias que você não lembra bem onde viu: basta que sejam provas cabais dos seus pontos de vista.

Aproveito para lembrar que nenhuma prova de redação dissertativa exige que você cite isto ou aquilo. Você cita o que quiser! Inclusive no ENEM.

3. Sua redação vai direto ao ponto?

correcao de redacao

Ah, isto precisa ser verificado mesmo!

Geralmente, os alunos sem prática enrolam demais até entrar no que interessa. Chegam ao ponto de só mostrarem a tese na metade da página!

E aí… azar deles – terão 15 linhazinhas para argumentar!

Acostume-se, durante seu treino, a entrar logo no que interessa!

Evite criar contextualizações mirabolantes – será que vale a pena descrever períodos históricos para iniciar? Quando os alunos fazem isso, perdem um tempão e ainda demoram para começar realmente a redação.

4. A conclusão é coerente?

Pois é – chave de ouro já era. Ficou lá na sua escola. Nenhum corretor fica impressionado com sua redação. Portanto, na conclusão apenas CONCLUA. O que você acha que alguém concluiria depois de ler sua tese e seu desenvolvimento?

É suficiente.

Conclusão curta. Direta.

Assim você não dá chance ao azar e não escorrega para aspectos que seu texto não comentou (e isso sim seria perda de pontos!)

E por falar em conclusão, o que você leva deste artigo para sua redação?

Espero que você leve a preocupação em verificar esses 4 pontos, como se estivesse lendo a redação do seu colega.

Quando um aluno meu lê as redações de meus outros alunos, ele é bastante crítico… então eu sei bem que você consegue detectar os próprios erros!

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Post 842 – Por que só poucas redações do ENEM têm nota máxima?

“Receita de bolo” não garante sucesso…

fórmula pronta para redacao
Imagem de freepik

Como explicar que apenas 0,002% dos candidatos ao ENEM conseguem a nota máxima?! Por que a maioria usa a fórmula mágica para escrever e não chega lá?! Vamos estudar esse caso…

Todo ano, o Inep divulga o número de redações que obtiveram nota máxima: 25, 40, 60… O que é isso em 4 milhões de redações?!

É nada. E você já deve ter se perguntado o que está por trás disso.

Todo ano muitos e muitos alunos brasileiros “sacam” que é só copiar o jeito dessas redações boas para ter nota 1000 também. E lá vão eles deduzindo a “fórmula” da redação perfeita.

Você já fez isso?

(eu não me conformo com tanto tempo de vida perdido!)

Afinal, “se é uma fórmula, é só colocar o “recheio” nela e pronto! A gente gabarita a prova!”, não é assim que se pensa?

Pelo menos, é o que a maioria dos alunos imagina, e se certos professores dizem que é um jeito fácil de escrever a redação… parece perfeito!

Jeito tão fácil quanto forçar uma camisa 40 numa pessoa tamanho 48: a cada novo tema, mais complicação, mais travamento, quase 3 horas pra fazer a redação!

“Super” fácil!

Então, no ano seguinte, muitos e muitos alunos ficam decepcionados porque seguiram a fórmula, tinha que dar certo… e não deu!

Deve estar faltando alguma coisa nessa história, não é possível!

Eu faço minha parte alertando os alunos de que uma nota máxima na redação tem mais do que uma simples fórmula (quando tem fórmula). Foi então que encontrei este relato de um candidato experiente que explica o fato:

receita de bolo para redação

Pela minha experiência, garanto que esses pouquíssimos candidatos que conseguem nota máxima têm mais treino.

Só isso.

Eles não têm mais talento, não são gente de privilégio nenhum. Foi só treino mesmo.

Treino como o dos jogadores de futebol de fama internacional – todo dia batendo a bola, todo dia, todo dia… até fazer coisas que parecem mágica pra quem não treinou.

E treino dispensa “receitas de bolo”, frases prontas, e bobagens do tipo (vá ver se os jogadores mais top seguem alguma regrinha ou fórmula que dá certo em qualquer partida…).

Conclusão

Acho que você deveria levar isso que eu expliquei em conta, para qualquer vestibular ou concurso, para ganhar tempo. Eu sempre acho péssimo perder o ano de estudo por uma coisinha dessas…

Se pra você fórmula deu certo, e se você não precisa de nota muito alta na redação, OK, vá fundo.

Mas não dependa muito disso se seu caso é enfrentar concorrência alta: ela é ótima para deixar o aluno tão travado que ele acaba não tendo tempo nem de fazer o resto da prova direito…

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O tipo de citação que você NÃO deve fazer na redação

A citação na introdução continua sendo um problemão (principalmente no ENEM)

Alguém inventou que é obrigatório citar algum livro, ou filme ou algo do tipo na introdução da redação dissertativa. É exatamente isso: trata-se de invenção! Você vai ver uma das consequências ruins disso…

Vamos ver o que se passou com esta introdução da Viviane, minha aluna vestibulanda virtual… O que você acha desta introdução?

citação para redacao

Não achou nada de errado né?

Deveria…

Para que serviu aquela história do Bertold Brecht, escritor alemão?!

Fez alguma diferença? Ajudou em alguma coisa?

Foi só um enfeite mesmo. E enfeite não serve para nada, não traz nenhum pontinho para o candidato.

Onde está a relação entre o capitalismo do século XXI e uma sociedade marinha em que o comportamento dos animais depende de forças externas?!

Não tem nenhuma relação…

Se é para citar algo assim, é OBRIGATÓRIO descrever o que há de semelhante entre os dois casos, afinal o corretor não tem obrigação de ter lido a tal obra!

E se houver a descrição, isso vai ocupar várias linhas preciosas que deveriam ser dedicadas à argumentação (que é onde se ganha mais pontos).

Aí você vai dizer

“Ah, prô, você é maldosa… pode ser que ela ia explicar isso no resto do texto!”

Não! Não vale! Não deixe nada no ar para o leitor deduzir, nem adivinhar. Seja direto e objetivo – nada de tentar fazer charme, porque a prova não é de habilidades literárias.

E vou te dizer uma coisa: tenho experiência suficiente pra te garantir que essa aluna levou um bom tempo decorando esse tipo de citação, e mais tempo ainda tentando encaixá-la na marra na redação…

E você diria

“Ah, prô, e se ela leu essa obra do Brecht?”

Eu vou te dizer: provavelmente não leu. Porque se tivesse lido, traria facilmente a relação entre o que ela leu e o que ela vai dissertar! E ela não fez isso, apenas resumiu o enredo da obra.

Tá na hora de se ensinar estratégias para os alunos pararem de perder tempo com coisas inúteis e façam a prova tranquilos…

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post 840 – Como uma palavra bonita na redação é uma armadilha

Por que usar palavras “bonitas” na redação é perigosíssimo?

Se eu fosse você, não usaria palavras que eu não usasse normalmente… Tudo bem, na escola pode ser que impressione o professor, mas é só na escola, viu?

palavras boas para redacao

Vou te mostrar agora como você poderia se arrepender numa hora dessas!

Eu já falei inúmeras vezes neste blog para ter cuidado com essa mania de querer impressionar o corretor com palavras “difíceis” ou “bonitas”.

Quando eu digo “palavras difíceis”, não é que a palavra é difícil de ser pronunciada, como meteorologista… ou otorrinolaringologista.

Não!

E quando eu digo “palavras bonitas” também não significa que elas sejam belas!

A história é que os alunos sem treino de redação deduzem que o corretor é como o professor da escola: ficará feliz e orgulhoso, quando eles usam palavras que não usariam normalmente.

Mas o corretor não é como o professor de português – não vai ligar a mínima para essas palavras “exóticas”. Até porque, para ele são palavras absolutamente normais.

Pois então, como eu estava falando, quando um aluno sem treino entra nessa, ele acaba sendo enganado pela palavra bonita (ou difícil!)!

Olha só esta frase de um aluno meu:

Segundo a terceira lei de Newton, para toda ação existe uma reação e nesse ínterim não é diferente.

“Nesse ínterim” é bonito?

Pode parecer… é uma palavra bem comum, mas infelizmente a maioria dos alunos não conhece. Esse meu aluno também não. E a palavra passou uma rasteira nele.

“Nesse ínterim” = nesse meio tempo, nesse intervalo de tempo.

Veja se faz algum sentido na frase dele.

Nenhum…

E se fosse só isso estava bom: acabou ainda por prejudicar a ideia em si, e o corretor não entenderia o que o aluno tinha escrito.

Não valeu a pena tentar impressionar o leitor, né?

Enterre de uma vez essa bobagem de que não se pode escrever como se fala! Como você falaria com o corretor-professor? Vai fundo!

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Você fala assim, mas não pode escrever assim…

Saiba quando o verbo “ir” é coloquial (pra não errar na redação)

o que não pode usar na redação

Hoje você vai ver mais um caso de coloquialismo na redação, e desta vez com um verbo que você nem sonhava que poderia ser coloquial!

Descubra onde está o coloquialismo neste trecho de redação de aluno meu:

Hoje no Brasil, se formos montar um gráfico da estrutura etária da população, com a idade crescendo de baixo para cima, veremos que o topo estará mais largo devido ao aumento do percentual de idosos.

Hoje foi fácil né?

Este é o trecho coloquial:

se formos montar um gráfico da estrutura etária da população”

Que tal

se montarmos um gráfico da estrutura etária da população

É a mesma coisa, não é?

É sim!

É mais culto, e com a vantagem de dizer a mesma coisa com menos palavras – se a gente pode escrever a mesma coisa com 1 palavra, pra que usar 2, não é mesmo?

Quanto mais “enxuta” a redação, melhor, mais sofisticada – menos cara de redação de colégio!

É proibido usar “formos” na redação?

“Se formos” EXISTE, e pode ser usado na escrita, mas fica perfeito numa frase assim:

“Se formos pelo caminho mais longo, não chegaremos a tempo.”

palavra coloquial

Por que “formos” era coloquial no trecho original, e nesta frase aqui não é?

É que “formos” do jeito que eu usei é o verbo “ir”, e “ir” significa apenas mover-se de um lado para outro.

Observe que na frase “se formos montar um gráfico” não existe o sentido de “mover-se de um lado para outro”, concorda?

Não existia nenhuma ideia de movimento, inclusive! A pessoa em questão apenas pensava no ato de montar um gráfico (que pode perfeitamente ser feito sem se mover!).

Então “formos” foi usado em excesso, desnecessariamente, que é um jeito coloquial de falar.

Pode usar – ele existe pra ser usado!

Quando “formos” não é do verbo “ir”

Agora, vou complicar sua vida… Existe um outro verbo que também tem a forma “formos”. Veja ele nesta frase:

“Se formos o país proporcionalmente com mais crianças alfabetizadas na América Latina, será graças a essas mudanças no ensino.”

Essa é uma frase em linguagem culta, nada coloquial, poderia estar numa redação. Mas observe que aqui nesta frase, “formos” é do verbo “ser” não do verbo “ir”!

Então, não é que não pode escrever “formos”, por favor!!! Depende do sentido que você usa, entendeu?

Tá captando o que é o coloquialismo com todos os testes que tem neste meu blog? Espero que sim! É a maior coleção de treino para detectar coloquialismo que existe na internet!

É importante que você mesmo se vire no dia da prova, então esse é o caminho.

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