Lembrei de um caso curioso: um aluno que tinha muita admiração por um certo cronista atual e por conta disso “encarnava” esse cronista. Isso foi no longínquo 2005.
O cronista em questão é este aqui: o Arnaldo Jabor, cineasta e jornalista carioca.
Se você já leu um texto do Arnaldo Jabor ou ouviu o Arnaldo Jabor falar na rádio (ele já é falecido), percebeu que ele tinha um vocabulário impressionante, variado, e também já notou que ele tinha uma ironia fina, mas tão fina que às vezes a gente não entende (por não dominar aquele vocabulário).
Até começar meu curso esse meu aluno sempre tinha escrito sem mostrar os escritos a ninguém. Quando eu comecei a ler seus escritos e a não entender muita coisa… ele ficou assustado – ele achava que incorporando o Arnaldo Jabor os textos ficariam ótimos como os do Arnaldo Jabor.
Só que não.
Não dá pra fazer isso, não dá pra tentar ser uma pessoa que você não é na hora de escrever e conseguir escrever bem.
Eu lembro que as ironias do meu aluno no papel não funcionavam, e ele ficava frustrado. Ironia, aliás, é o tipo da coisa que ou dá certo ou estraga o texto. Não tem meio termo. Eu sou irônica, então meus textos têm alguma ironia (porque obviamente eu escrevo como falo), mas quem não é irônico não tem essa facilidade.
Inclusive me lembro de trechos que eram ofensivos e de mau gosto ao leitor, e esse meu aluno não tinha notado isso! Olha que perigo!
No fim das contas o curso teve a função de ir eliminando essas marcas de Arnaldo Jabor do texto do meu aluno. E nisso descobrimos o estilo do meu aluno, hoje já graduado em Letras e Direito!
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