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Eu tenho notado a dependência que os alunos têm, especialmente os vestibulandos, de ler algo sobre o tema antes de escrever o que eles mesmos acham sobre o tema.
É importante que os alunos percebam que a redação não avalia o quanto o aluno sabe sobre um assunto, como eu já disse. A redação avalia o quanto você consegue raciocinar sobre o assunto, mesmo sem ter lido antes sobre ele, e usando só o que foi fornecido. Por isso você pode tranquilamente levantar hipóteses na redação.
Bem, agora há pouco recebi uma mensagem de um aluno virtual que começou o curso há pouco comigo. Ele recebeu anteriormente uma proposta de redação para vestibular, e me respondeu pedindo algum texto ou link com texto sobre o assunto, senão ele não sabe o que escrever.
Agora… imagine essa dependência de ler um texto externo sobre o assunto assim que receber a proposta de redação no dia da prova. Isso não dá certo. O que dá certo é treinar seu pensamento crítico, treinar você mesmo para expor o que pensa, sem medos. Isso é o conteúdo de uma redação, especialmente de vestibular.
E esse aspecto pessoal é que faz a diferença entre uma redação 7,5 e uma 9 ou 10, percebe?
O treino para desenvolver pensamento crítico pode ser feito por debates. Se o aluno já vier de um ambiente doméstico onde se conversa e se discute sobre assuntos livremente, meio caminho andado! Agora, se isso não é comum dentro de casa, debates na escola são o caminho.
Bem, eu sei que debates nas escolas são coisas raras… no cursinho então… pior ainda.
Então o que sobra é aproveitar os poucos meses antes da prova para discutir os temas com colegas ou com seu professor de redação. E observe que não adianta ler “tudo” sobre o assunto sem discutir sobre o que se lê, senão sua redação vai ser uma cópia do que você leu. E você quer uma redação com força pessoal, com sua opinião e seu jeito de expor, não é?
Debater assuntos não é o mesmo que assistir a palestras sobre ele, ok? Você precisa treinar sua exposição do que pensa, porque a redação é uma exposição do que você pensa, “sacou”?
O Hilton foi aprovado em Farmácia USP em 1999 depois de ter feito meu curso de redação para vestibular, e deixou um depoimento:
“Este curso me deixou com a cabeça fresca para estudar as outras disciplinas! O resultado foi muito rápido e de repente eu descobri que não precisava ler nada sobre tema nenhum para escrever. As discussões eram ótimas: as ideias começam a aparecer mais fácil.”
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blog do curso Escrevacerto 
Creio que ainda não consegui me libertar desse pensamento Margarete. Por mais que eu consiga escrever textos que ficam acima de 800 no ENEM, em algumas propostas é difícil me posicionar sobre o assunto. E quando vejo as redações nota 1000, em que estudantes citam historiadores e filósofos, tenho a impressão de que meus textos estão muito superficiais, rasos…senso comum. Principalmente no que diz respeito as propostas de intervenções.
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Eu creio que isso de vc se posicionar tem mais a ver com “pensar sobre o caso”, observar o que se passa, e treinar isso. Há uma historinha da qual não me lembro agora totalmente, que falava sobre o caso de um caminhão entalado num viaduto, o qual tinha exatamente a largura dele. E ninguém sabia o que fazer. Um menininho então teria dito que era só esvaziarem os pneus. E realmente isso solucionou o caso. Historinha só, mas ilustra o que eu quero dizer: a solução será dada por um aluno recém-saído do ensino médio brasileiro, não de um especialista. O que um aluno poderia dizer sobre aquele caso? Aí a diferença é feita pela capacidade de observação, e obviamente de vida que ele já tem, mas não sobre o assunto específico. O Enem não é prova para especialistas em certas áreas. Idealmente vão avaliar o que você tem a dizer sobre o que eles fornecerem, e vão fornecer as mesmas informações para todos os candidatos. Vou escrever outro post sobre isso.
Agora, sobre as citações… e você acha que o pessoal LEU mesmo esses filósofos? Isso não impressiona nenhum corretor, Ronimar…
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